13
Out23
A INEVITABILIDADE...
ROMI
Quando o dia morre...
acendem-se as velas da noite e do céu.
Num velório de corpo ausente
e breve.
Porque o dia volta a nascer.
No movimento invisível,
finge-se de morto.
Alguém chora por ele.
Capta a natureza cíclica da vida.
O nascer e o pôr do sol.
O começo e o fim.
A inevitabilidade da jornada
da mudança
da mortalidade.
E rimos e choramos
E rimos e respiramos.
No rodopio de uma dança terminal.
Aqui vamos nós
no ciclo contínuo
na conclusão inevitável:
Sempre que o sol se põe
todos morremos um bocadinho.
FOTO DO ÁLBUM "OS MEUS SERÕES"