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DESABAFOS

Razoavelmente insuportável…

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DESABAFOS

23
Out24

Distâncias num abraço...


ROMI

Para fechar o ciclo dos abraços, recorro a este, já publicado em setembro de 2022. Prometo voltar a ele enquanto me disser muito. Há abraços que têm de ser mantidos vivos, embora já não respirem.

 

IMG_20180614_093637.jpg

Numa amnésia infinita de reencontro e despedida é num abraço que procuro a linha ténue que separa a sanidade da loucura.

Há abraços que perfumam... Há abraços que não se repetem... que ficam para trás, numa estação de comboio qualquer e apetece ir buscá-los.

Há abraços que são uma saudade imensa... que se escrevem com a palavra distancia. Há abraços que escorrem como se fossem lágrimas...

Há abraços em que me abraço e apresiono para não esquecer...

Foi num abraço que me perdi... num abraço de até já que eu traduzi até sempre...

Mas não chorei na despedida ... 

Continuo presa num tempo e num dia que tinha sido diferente dos outros. Nesse dia todos os que morreram foram para o céu e o mundo ficou da cor que eu gosto.

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