Distâncias num abraço...
ROMI
Para fechar o ciclo dos abraços, recorro a este, já publicado em setembro de 2022. Prometo voltar a ele enquanto me disser muito. Há abraços que têm de ser mantidos vivos, embora já não respirem.
Numa amnésia infinita de reencontro e despedida é num abraço que procuro a linha ténue que separa a sanidade da loucura.
Há abraços que perfumam... Há abraços que não se repetem... que ficam para trás, numa estação de comboio qualquer e apetece ir buscá-los.
Há abraços que são uma saudade imensa... que se escrevem com a palavra distancia. Há abraços que escorrem como se fossem lágrimas...
Há abraços em que me abraço e apresiono para não esquecer...
Foi num abraço que me perdi... num abraço de até já que eu traduzi até sempre...
Mas não chorei na despedida ...
Continuo presa num tempo e num dia que tinha sido diferente dos outros. Nesse dia todos os que morreram foram para o céu e o mundo ficou da cor que eu gosto.