NA FEIRA À QUINTA...
ROMI
Estava combinado ir à Feira do Livro no dia 8 de junho. A Ana T, apreensiva com a previsão meteorológica, devido à depressão Óscar. Eu, mais optimista: o que não me impede de ir trabalhar, não me impede de ir passear. E fomos. A Ana T, é aquela amiga informal. Está sempre lá, sem necessidade de ligarmos amiudamente, dá-me espaço e tempo. Quando tive Covid, ligou-me todos os dias. Se há eventos intelectuais, palestras, concertos, exposições, procura-me. Também nos reunimos à volta de uma sardinhada ou de umas favas guisadas. Mas não há Feira do Livro sem a Ana T. É assim há anos.
A feira, quase deserta. De stand em stand, íamos passando por entre os pingos da chuva. Brindámos na hora do hambúrguer, empanturramo-nos de bolas de Berlim e pastéis de Tentúgal. Também comprámos livros, que não estavam a preços de Feira. Temos gostos literários diferentes, mas ouvimos a mesma canção.
Os Reinegros- Alves Redol (Alfarrabista)
Ambições Frustradas- Alberto Moravia (Alfarrabista)
Uma Outra Vida- Alberto Moravia (Alfarrabista)
Já Não Sou o Que Era Agora Mesmo- João Francisco Lima
Eliete- Dulce Maria Cardoso
Canções para o Incêndio- Juan Gabriel Vásquez
A Incrível e Triste História da Cândida Eréndira e da sua Avó Desalmada- Gabriel García Márquez
Os Funerais da Mamã Grande- Gabriel García Márquez
O Inverno do Nosso Descontentamento- John Steinbeck
O Mundo dos Vivos- Pedro Mexia (com prefácio do meu querido António Pina).
Ainda houve tempo para lançar um sorriso discreto ao José Milhazes. E foi assim. Já vestida de preto, uma mochila cheia de livros, e o regresso a casa, com a Ana T, para mais duas horas de boa conversa.