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DESABAFOS

Razoavelmente insuportável…

Razoavelmente insuportável…

DESABAFOS

16
Mai25

Moralidade Seletiva ...


ROMI

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Acabo de levar um raspanete porque, segundo o M. Jota, como demasiados doces. Dizia-me ele, muito indignado:
“Por causa dos doces, tenho os triglicéridos a 226 — e o máximo é 150!  E eu nem como um quarto dos doces que tu comes!”

Para já, triglicéridos são coisa de rico. Pobre ou morre de morte lenta ou morre de repente — nunca se ouviu dizer que pobre morreu de trigli-não-sei-das-quantas elevados.

Depois, o M. Jota não tem moral para falar, porque fuma. Mas passa duas horas no supermercado para comprar uma simples lata de atum — ou algo parecido — porque lê os rótulos de tudo o que mexe, à procura do Kapa-não-sei-das-quantas, que diz ser altamente cancerígeno.

Além disso, queixa-se dos ossos todos, cruzes incluídas, e tem a minha idade! Vive no médico. Toma medicação para o não-sei-quê que lhe ataca o estômago, e depois toma medicação para o estômago que lhe ataca o não-sei-quê, e assim sucessivamente. Se não se curasse de nada, talvez não acumulasse tantos efeitos secundários. Mas o M. Jota insiste em morrer saudável — é o que concluo.

E hoje irritou-me. Apeteceu-me estrangulá-lo. Só não o fiz  porque deduzo que tenha medicação anti-estrangulamento e seria inglório o esforço.

Pronto, já desabafei. Cotoveladazinha de amizade, que beijos  são só para quem tem um sistema imunitário de ferro. Morrer saudável é um desperdício, mas enfim... 

24
Abr25

O CHOCOLATE DO DUBAI...


ROMI

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Eu sou pessoa de chocolates.
Não sendo de modas, não me passou despercebida a moda do chocolate do Dubai. Cruzes, credo, abrenúncio… quando vi o preço!
Sou muito criticada pelos pares por fazer quilómetros para comprar um quilo de arroz, por exemplo, caso esteja mais barato 30 cêntimos no concelho ao lado.
“Ai e tal, o que gastas em gasolina não compensa.”
Pois, mentes pequeninas — fixam-se na despesa e não no ganho. Além disso, a contabilista sou eu.
Portanto, decidi ir ao Dubai, à fonte, comprar o chocolate do Dubai. 
E comprei — muito mais barato. E, ao menos, sei que estou a comer o original. Com o que poupei no preço, deu para comprar mais umas tantas guloseimas.
Nem disse nada a ninguém. Já estou a ouvir as gralhas:
“Poupaste no chocolate, mas a viagem, a estadia…”
Alguém explica que o foco era comprar o chocolate mais barato e que o objetivo foi alcançado com sucesso?
Ufffaaaaa…

 

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11
Nov24

Não tenham medo do que não existe...


ROMI

Meus queridos, personagens inventadas por mim, estão reunidas todas as condições para o isolamento social — e ainda bem. Estava adoentada, não muito, fiquei a trabalhar a partir de casa, com refeições e medicamentos à distância de um clique, sem ter de sair do conforto do lar, incomodar o vizinho, o amigo ou o parente mais próximo, que vive a 8000 km de distância (e isto é rigorosamente verdade).

Mas um mal nunca vem só; nisto os provérbios não falham. Claro que a pessoa não vai para nova, e as maleitas do passado atuam como um relógio, ainda que não haja mudança de tempo. No caso da minha avó, quando lhe doíam as cruzes, o tempo mudava. No meu caso, e só porque sim, o dedo que lesionei no basquete volta e meia desata a doer, e tenho de lhe pôr um aparato elástico para o apaziguar e adquirir alguma mobilidade — mas pouca.

E cá vou, rodeada dos meus males menores e maiores, numa companhia improvisadamente feliz: Livros, música, filmes e ,claro, a minha gata. 

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E por falar em filmes... 

            

Alguém me disse: se dás atenção à música de um filme, é porque o filme não é bom o suficiente.

Possivelmente o filme não foi bom o suficiente. A banda sonora, sim. "N'ayez pas peur du bonheur il n'existe pas." Assim, como um dogma: "Não tenhas medo da felicidade, ela não existe". É quase como pedir para não ter medo do papão — ele também não existe.

Não vou entrar em divagações sobre felicidade, já que é um tema que domino tão bem quanto física quântica. E ser feliz é uma coisa que me irrita. Por norma, o que nos faz felizes no momento, é o que nos causa infelicidade no futuro. E isto também é válido para chocolates e sapatos. Quilos e calos, bem entendido.

Não me lembro do nome do filme*. Partilho a música que me deixou tão feliz.

 

  

 

20241109_171020-EDIT.jpg   * "As Recordações". 

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