F(r)ases e Conexões...
ROMI
“Por muito que me esforce, nunca encontrarei companhia que se compare, sequer, à de um livro menos bom.” A.R.
Em relação às leituras, sou de fases. Ser de fases, para mim, é mergulhar de cabeça em três ou quatro livros seguidos do mesmo autor, quase até à exaustão. Já vivi a minha fase Sven Hassel e a fase Erich Maria Remarque; fui de Eça, de Vergílio Ferreira, de Ferreira de Castro. Tive os meus dias de Leon Uris, de Oscar Wilde, de Saramago, de Mario Puzo, de García Márquez, de Herman Hesse, de Nabokov. Passei por Alves Redol, Alistair Maclean, John Steinbeck, Carl Sagan, António Pina, Carlos Ruiz Zafón, Ernest Hemingway, Émile Zola, Graham Greene, etc., queria mencionar todos, fica para a próxima oportunidade.
Por sorte ou por conspiração favorável do universo, há tempos, numa ida a Aveiro deparei-me com uma mini feira do livro no Mercado Manuel Firmino. Livros a um euro, na loucura dois. Eu viajo sempre com uma mochila minúscula, mas ali não tive opção: troquei-a por uma maior. Comprei imensos livros, de variados escritores. É nessas alturas, dado o escasso investimento, que aproveito para sair da minha zona de conforto e arriscar em autores e obras que não estejam no rol dos “habitués”. E é sempre uma mais valia, mesmo que algum livro me falhe. Como dizia alguém que muito prezo: “Por muito que me esforce, nunca encontrarei companhia que se compare, sequer, à de um livro menos bom.”
A frase é fria, mas eu percebo-a. Há com cada livro uma conexão que se mantém, mesmo depois do livro fechado.
Agora estou na fase Richard Zimler. Tenho a sensação que foi ele quem me escolheu...
