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DESABAFOS

Razoavelmente insuportável…

Razoavelmente insuportável…

DESABAFOS

26
Out25

Mudança de horas e outras teimosias...


ROMI

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Não gosto de horas.
Não gosto de horas mortas, de horas que não são horas, de horas de ponta, horas extra, hora marcada, hora da verdade, mudança de hora e hora H.
É um privilégio ter apenas um horário a cumprir, quatro dias por semana. Não tenho “horas” para mais nada. Deito-me quando tenho sono, levanto-me quando acordo e como quando tenho fome.
Hoje almocei por volta das onze e levantei-me às quatro da manhã. Sou mais resistente ao jet lag das viagens do que ao da mudança de hora. Habituada que estou a ignorar o relógio, rapidamente o meu relógio biológico se vai adaptar.
Reconheço o paradoxo de não gostar de horas e adorar relógios. Podia gostar de malas, de sapatos, sei lá. Mas gosto de relógios, preferencialmente parados. O horror que seria ter de os acertar todos sempre que a hora muda.
Talvez seja isso que me fascina neles: a sensação quase física de poder deter o tempo, de o sentir parar comigo, decidir quando é a minha vez de não o seguir. O "agora" suspenso.

O meu verdadeiro tempo, é aquele que eu mesma me dou.

08
Out25

Fora de Horas...


ROMI

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Para mim, um relógio de pulso não precisa dar horas. Basta ser bonito. Pode estar parado. Uso-o só como adereço, uma pulseira com mais pormenores. Por norma uso dois, às vezes três, um mais pequenino, quase camuflado, e uma série de pulseiras a disfarçar.
Estranho que nunca me tenham dito nada. As pessoas costumam chamar a atenção para o que usamos, como se não soubéssemos o que estamos a usar. Nem quero saber o que pensam, até porque, provavelmente, também não devem saber o que pensar. À primeira vista, pareço uma pessoa normal.
E surpresa das surpresas, quando uma colega, ao passar-me um dossier, exibe no pulso não um, mas dois relógios. Ignoro. E de tanto ignorar, já é prática comum: no escritório, todas usamos, por norma, dois relógios. Às vezes três.
Hoje, com tantos meios à nossa disposição para ver as horas: telemóvel, computador, aparelhos domésticos, outdoors luminosos , etc., faz mais sentido usar o relógio, para quem gosta, apenas como adorno.
Dizem que o tempo passa depressa, mas aqui anda perdido, a tentar perceber qual dos relógios manda. E nós, pontualmente desfasadas, continuamos impecáveis, fora de horas.

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