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DESABAFOS

Razoavelmente insuportável…

Razoavelmente insuportável…

DESABAFOS

17
Jan23

CORVO ...


ROMI

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O "Corvo". Ao que parece fechou o perfil. Das pessoas mais gentis que conheci por aqui.Tinha sempre uma palavra de carinho para me mimar. Aos poucos foi-se afastando, deu outro rumo ao Blogue. Há que respeitar. Mas estava lá. Eventualmente, terá ou abrirá outro espaço, neste charco (como carinhosamente chamamos).  É o meu desejo.

Nunca as últimas palavras que me deixou fizeram tanto sentido, mas no sentido inverso. Sou eu que as dedico a quem me deu tanto.
 
Que esteja e se sinta bem, querido amiguinho CORVO.
Voltará ou não, nunca será esquecido e será sempre recordado.
Toda a felicidade do mundo para si, e que o farol da serenidade ilumine os passos do seu caminho.
Saúde, paz e harmonia na sua vida
Um beijinho.
 
Hoje estou triste, sinto pena, tenho saudade.
Até sempre, meu querido. 
 
13
Jul22

O SENHOR DO CACHIMBO...


ROMI

Era costume fumar na janela da marquise, para ver o pôr do sol. Na varanda da vivenda em frente, um senhor, de meia idade, barba branca e ar distinto, fumava cachimbo. Se os olhares se cruzassem, dizíamos, imperceptivelmente, boa tarde e nada mais. Por norma, e para meu deleite, havia sempre uma música clássica no ar. Uma em particular que eu gostava muito, sabia que era do Pavarotti, mas não sabia o nome da ária.  Enchi-me de coragem e perguntei-lhe. Caruso, respondeu ele. A partir desse dia, sempre que eu ia à janela, ele punha Caruso. E eu agradecia-lhe com um acenar de cabeça e sorriso discreto. O senhor, não sei o nome, manteve o ar distinto, apesar de cada dia mais débil. Quando umas senhoras, vestidas de preto, encerraram de vez as portadas das janelas, deduzi que faleceu. Eu, em homenagem, continuo a ouvir Caruso. O senhor já não está. E mesmo que estivesse, não o poderia ver. Nem ao pôr do sol. As árvores do jardim de baixo cresceram imenso. De tal forma que quando vou à janela, só vejo o cume das árvores. Mas gosto de acreditar, que o senhor do cachimbo está lá e que põe Caruso só para mim.

Eu quando ponho, é para os dois... 

  

 

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21
Jun22

O SOM DO SILÊNCIO...


ROMI

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E às vezes cantávamos, e abafávamos o som da viola. E riamos, riamos sempre muito. Não sabíamos, mas éramos barulhentos. Tão barulhentos que nem ouvíamos os barulhos domésticos, o tilintar dos talheres no prato. O silêncio falava baixinho. Agora o silêncio ganhou voz. Estou só, parece-me.

Saudades de mim com os outros. 

 

19
Mai22

VANGELIS...


ROMI

      

Vangelis, nos momentos em que não me apetece pensar. A música a fluir eu a deixar-me ir. Vangelis, para me ajudar a serenar, devolver alguma lucidez. Uma fonte de inspiração também, na escrita, devo-lhe tantas palavras.
Partiu, a obra fica. Fica também a saudade imensa.
 Obrigada. Daqui... até que!!!
 
"Aqueles que por obras valorozas se vão da lei da morte libertando"
07
Out21

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ROMI

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Hipotético ou irreal, como uma balada no conjuntivo…
Partiu-se em dois, o destino, como uma tarde de Setembro.
Num silencio de sepulcro, ergue-se sombrio o espanto.
Passaram negras as horas e negro é ausência sem cor.
Ecos tristes das memórias assombradas,
Na previsão que se inventa,
Anunciam que os fantasmas tambem têm sentimentos.
Com que desprezo me lembro que o tempo não para, nem abranda nas curvas.
Segue fluido, sem epígrafe, com um brilho estranho que não se vê.
Eu só queria contar as silabas que contem um longo adeus.
Logo eu... que não sei sentir saudades.
03
Out21

DESAPEGO


ROMI


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Era um dia sem Outono, véspera de um Novembro triste.

Desapego sem lágrimas, num rosto que foi feito para sorrir e desistiu ...
Às vezes gostava de ser Novembro ou Dezembro ...
Outras vezes gostava de ser eu e ir-me buscar onde fiquei.
Às vezes gostava de ser conceito, preconceito, de sonhar...
Outras vezes gostava de ser ida, sem volta e brindar ao desencontro.
Às vezes gostava de ser palavras, sorrisos, desdém ...
Outras vezes gostava de ser confusão, maldição e aplaudir no final.
Às vezes gostava de ser nostalgia, medo ou saudade...
Outras vezes gostava de ser afectos, angústia e esquecer-me de mim.
 
Mas só às vezes, nas outras sou mesmo assim...

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