O Vento do Sul...
ROMI
Fui visitar o Solar do Silêncio…
Arrasei como alma que se quer penada.
Se o vento do Sul voltar à tardinha, em forma de sentinela zelosa, devolver-me-á
O sorriso que se quer triste.
E depois deste pranto lento
De alguém que perdeu o rumo e jamais o encontrou
Derramará gotículas que se querem nuas, porque são salgadas.
E em sintonia depravada
Busca recordações vivas, mas que já não respiram.
Rasgará flores e corações em forma de pensamento
Que se perdeu à beira dos dias.
E rodopia e baila e continua.
Porque o bem querer morreu de morte lenta.
Não sabia morrer de repente.
E o vento do Sul não veio à tardinha.
Ficou por aí suspenso em parte ingrata.
E o dia que jaz, porque se quer vivo
Virou as costas e anoiteceu...
Fui visitar o Solar do Silêncio
Acendi mil velas sem calor.
Depois fugi, como alguém que se quer gente
E está despido de si…