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DESABAFOS

Razoavelmente insuportável…

Razoavelmente insuportável…

DESABAFOS

06
Ago24

"Guia do Viajante Prudente Rumo às Terras Ermas." Ler ou não ler, eis a questão...


ROMI

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Fim de tarde, uma mulher chega a casa e dirige-se à cozinha. Tudo indica que vai começar a fazer o jantar. Ouve um barulho. Inclina-se para trás, espreita à janela, a cortina balança ligeiramente. "É o vento!", pensa ela. Continua tranquilamente a fazer o jantar.   O narrador entra em cena e diz: "E se por acaso não for o vento?" É então que surge uma figura medonha, com um punhal em riste, encostada à parede, por detrás do frigorífico. - Era este o trailer de um filme na Netflix. Tentador, mas eu também atribuo os ruídos estranhos ao vento e não me quero deixar influenciar e ficar com medo. Claro que não vi. Longe vai o tempo em que via um filme de terror e dormia, à noite, de janela aberta para ver as estrelas. Já aqui referi que tenciono fazer uma longa viagem de comboio. Estou-me a preparar, consultando tudo quanto é sites, blogs de viagens, comboios e afins. Até estou a tirar um curso intensivo de espanhol. Por experiência própria, é o povo que tem mais dificuldade em entender a língua caso se aperceba que o interlocutor é português. E, do nada, surge-me este livro "Guia do Viajante Prudente Rumo às Terras Ermas". Não sei em que nível está a minha fase "influenciável". A dúvida: caso leia o livro, vou continuar a querer fazer a viagem? E se deixar o livro para ler na viagem? Ler ou não ler, eis a questão. Eu, que nunca tenho certezas, detesto ter dúvidas. Mas vou ler o livro, está decidido.

 

Sinopse do livro:

Diz-se que há um preço a pagar por cada viajante que se aventura nas Terras Ermas.
Um preço que vai muito além do custo de um mero bilhete de comboio…

Estamos no final do século XIX e o mundo está repleto de maravilhas. Mas que segredos se escondem nas Terras Ermas, essa vasta extensão de território entre Moscovo e Pequim completamente isolada do resto do mundo? Nada se atreve a tocar esta paisagem exceto o Grande Expresso Transiberiano: um comboio impenetrável, construído para transportar mercadorias através dos continentes, e que agora transporta qualquer passageiro que tenha a coragem de subir a bordo.

E, embora a travessia tenha fama de ser perigosa, não faltam viajantes, atraídos pelos mistérios e lendas deste território isolado. Há rumores preocupantes sobre um acidente durante a última viagem, mas a Companhia Transiberiana garante-nos máxima segurança e a próxima partida está aqui para o provar. A bordo, um curioso elenco de passageiros, que se instalam e conhecem uns aos outros.

Porém, se tudo parece estar a correr tão bem quanto possível, a verdade é que alguns têm razões muito particulares para estarem ali. Marya, por exemplo, sente que a verdade sobre a morte do seu pai, pouco depois da última travessia, lhe está a ser ocultada. Weiwei, a criança nascida no comboio, sabe de cor todos os seus cantos e recantos. Sem esquecer a misteriosa comandante, cuja discrição se aproxima da invisibilidade…

Assim que o Grande Expresso Transiberiano inicia a sua louca viagem, desenrolam-se acontecimentos que, primeiro, são imprevisíveis, e, depois, rapidamente incontroláveis.
10
Jul24

Deixei de fumar. Parece-me... (parte II)


ROMI

Meu Deus, vou ficar rica! Pensei. E, de imediato, me imaginei  vestida de amarelo, com um chapéu de abas largas da mesma cor, a desinquietar o senhor Ambrósio porque me apetecia tomar algo. 
Deixei de fumar. Pelo menos já não fumo há cinco meses. Jamais saberei se é para a vida toda. A última tentativa não correu muito bem. Desta vez, a musa inspiradora foi uma longa viagem de comboio. Não, não é no Expresso  Oriente. Para ficar a um preço suportável, teria de integrar um grupo de pelo menos cinco pessoas. Cruzes credo! Quem gosta de viajar sozinho percebe-me. É uma simples viagem de comboio pela Europa. Para quem fuma, viajar é sempre stressante, mesmo que as viagens sejam curtas. De avião a alternativa é escolher voos com escala e não cortar as unhas nos dois meses antecedentes. 
Viajar. Foi isso que me levou a deixar de fumar e, até agora, com sucesso. Tenho mais saudades dos meus momentos com o cigarro do que do cigarro em si. 
Não fiquei rica. Nem ganhei mais paladar, olfato, pele  luminosa, dentes mais brancos e outras coisas boas que disseram vir a adquirir. Acertaram nos quilos a mais, mas nada que me tire o sono.  
Os meus pensamentos ficaram mais pobres, passei a dedicar mais tempo à leitura.
Tenho saudades dos meus serões, horas a fio no escurinho da esplanada lá de casa, a olhar para a noite e a pensar. Divagar, ir para longe, à boleia, camuflada no fumo do cigarro, regressar fora de horas e ir dormir. 
Quase todas as semanas chegam livros, hoje chegaram mais dois. " Hotel Savoy", recomendado pela Isabel Silva. "Vi-os Morrer", para matar saudades de Sven Hassel. Falarei dele mais tarde, devo-lhe isso. 
 

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IMG_20240608_201203.jpg Pedro Mexia, rodeado de gulodices, outrora um maço de tabaco. Certamente... 

01
Jan24

Eu prometo não cumprir...


ROMI

Votos para 2024

 
Prometo:
1. Não comprar mais livros
2. Não misturar queijo da Ilha com chocolate
3. Não fazer birras
4. Não sair com  amigas(os)
5. Não beber café
6. Não fumar
7. Não dar nome às coisas
8. Não azucrinar o Zizzi
9. Não amuar
10. Andar sempre com o telemóvel atrás
11.Não viajar
12. Não andar à chuva
13. Não procrastinar
14. Não dar abraços
15.Não vestir só preto e branco
 
Quebrar todas as promessas torna-se a única regra inflexível.
Que o vosso ano de 2024 seja uma sinfonia de surpresas e risos, com uma pitada de desobediência bem intencionada.
Brindemos...
 

IMG-20180414-WA0016.jpg Foto do meu álbum "Por aí..."

19
Dez23

Pelos trilhos do crepúsculo…


ROMI

Gosto de tirar fotos das janelas dos transportes, quando viajo.  Há muito que não fazia uma viagem longa de comboio. Não devia ter viajado ao entardecer, chega uma hora em que a janela, outrora moldura para pinturas em movimento, transforma-se em espelho, refletindo-me, em detrimento da beleza imensa. 

Fica o registo de cenários que desaparecem tão rapidamente quanto surgem. A metáfora da minha vida.

O rio e a paisagem, as minhas musas involuntárias. 

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08
Jul22

POR ALI E ACOLÁ...


ROMI

 

Primeira etapa das férias, visitar sítios já visitados, ficar nos mesmos hotéis. É quase como regressar a casa, quase como  visitar a família. Uma regra,  nunca me demorar. Assim solta, sem redes sociais. O telemóvel  para registar momentos e lugares já trilhados, só. A tentação de ousar fazer uma cópia fiel dos registos, para depois comparar. Mas isso daria muito trabalho e são férias.  
Segunda etapa, conhecer locais novos. Para ter mais casas a que regressar. Como quem tem família a visitar, assim de fugida... 
 

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